O CINEMA HITCHCOCKIANO COMO DIAGNÓSTICO DO INSUPERÁVEL MAL-ESTAR NA CULTURA

Autores

  • Francisco Etruri Parente Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Palavras-chave:

Cinema, Hitchcock, Psicanálise, Freud, Mal-estar na cultura

Resumo

Este artigo tem como objetivo a definição do conceito mal-estar na obra freudiana e sua importância fundamental para os estudos psicanalíticos, se estabelecendo como uma das principais bases de sustentação do método criado por Sigmund Freud. A seguir o texto toma como objeto de análise o filme Um Corpo Que Cai de Alfred Hitchcock como um exemplo de como a sétima das belas artes pode vir a refletir de modo acessível ao grande público sobre o irremediável mal-estar que acomete o ser-humano quando este está sob o domínio de uma cultura que constrói um Super-eu para fazer frete as pulsões do Id. Deste modo pode-se perceber que mesmo uma cinematografia contaminada pelos moldes da indústria cultural pode vir a se libertar de sua ideologia e promover pensamentos profundamente críticos e sofisticados em seu espectador.

Biografia do Autor

Francisco Etruri Parente, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Possui graduação em Comunicação Social pela Fundação Armando Álvares Penteado (2018), especialização em Filosofia pela Universidade Estácio de Sá (2020), mestrado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2020) e atualmente é doutorando no programa de comunicação e semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo como bolsista CNPq. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Teoria da Comunicação, atuando principalmente na pesquisa de gêneros cinematográficos e cinema hollywoodiano. Professor da Uninove e Coordenador do grupo de pesquisa Cultura do Consumo, Sociedade e Tendências no Laboratório de Política, Comportamento e Mídia da Fundação São Paulo/PUC-SP - LABÔ.

Referências

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Publicado

30-06-2025

Como Citar

Parente, F. E. (2025). O CINEMA HITCHCOCKIANO COMO DIAGNÓSTICO DO INSUPERÁVEL MAL-ESTAR NA CULTURA. Revista Belas Artes, 36(2), 13–27. Recuperado de https://revistas.belasartes.br/revistabelasartes/article/view/602