A ENCENAÇÃO DA VIOLÊNCIA NO DOCUMENTÁRIO THE ACT KILLING: A IMAGEM DOCUMENTAL E A SUBJETIVIDADE DA REPRESENTAÇÃO

Autores

  • Caio de Salvi Lazaneo Universidade Anhembi Morumbi
  • Lucas Campacci Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

Palavras-chave:

Documentário, The Act Of Killing, Performance, Ficção, Joshua Oppenheimer

Resumo

O propósito do artigo é analisar como o documentário The Act Of Killing, do cineasta norte-americano Joshua Oppenheimer, utiliza da atuação de não-atores para representar suas memórias e como essas pessoas constroem seu testemunho. Levando como partida a relação histórica da dramaticidade como utensílio no cinema documental para compor sua narrativa, o artigo analisa também a potência desse tipo de cinema que mistura livremente a subjetividade do testemunho com a realidade social, e seu valor para rever questões históricas, como no caso, a ditadura militar que ocorreu na Indonésia.

Biografia do Autor

Caio de Salvi Lazaneo, Universidade Anhembi Morumbi

Doutor  e mestre em Ciências da Comunicação (Universidade de São Paulo)

Graduação em Radialismo - Habilitação em Rádio e Televisão (Universidade Metodista de Piracicaba)

Professor da Universidade Anhembi Morumbi

Lucas Campacci, Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

Pós-Graduação em Cinema, Vídeo e Televisão (Centro Universitário Belas Artes de São Paulo)

Graduação em Comunicação Social - Jornalismo (Faculdade Cásper Líbero)

Referências

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FILMOGRAFIA:

CABRA MARCADO PARA MORRER. Eduardo Coutinho, Brasil, 119 min, 1984. CRONICA DE UM VERAO. Jean Rouch e Edgard Morin, França, 92min, 1961. EU, UM NEGRO. Jean Rouch, França, 73 min, 1958.

NANOOK O ESQUIMÓ. Robert Flaherty, Estados Unidos, 79 min, 1922.

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THE GLOBALIZATION TAPES. Joshua Oppenheiumer, Estados Unidos, 70 min, 2003.

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Publicado

14-12-2023

Como Citar

Lazaneo, C. de S., & Campacci, L. (2023). A ENCENAÇÃO DA VIOLÊNCIA NO DOCUMENTÁRIO THE ACT KILLING: A IMAGEM DOCUMENTAL E A SUBJETIVIDADE DA REPRESENTAÇÃO. Revista Belas Artes, 25(3). Recuperado de https://revistas.belasartes.br/revistabelasartes/article/view/368