IMAGINAÇÃO CRIATIVA: UM ESTUDO SEMIÓTICO SOBRE O ATO CRIATIVO DE ESQUIZOFRÊNICOS

Autores

Palavras-chave:

Imaginação criativa, Capacidade imaginativa, Poder imaginal, Percepção, Esquizofrenia

Resumo

A presente análise propõe que a imaginação primária funda-se em entender o particular, incorporando e expressando um significado mais integralizado, tornando possível uma real dissociação da simples fantasia ao se tratar das alucinações esquizofrênicas. Dessa forma, a proposta deste artigo é elucidar que o portador de esquizofrenia não está limitado apenas à recepção passiva e à retenção de dados dos sentidos. Busca-se mostrar que esquizofrênicos não se baseiam simplesmente em um imaginário espontâneo a partir dos sentidos, e sim possuem um poder imaginal que se torna agente primordial da percepção humana quando traçam narrativas. Considera-se também a unicidade entre a matéria e a mente como fator primordial de existência das duas, fator este que deve ser entendido para a possibilidade de um mundo no qual todos sejam participantes de uma realidade harmoniosa sem pressupostos em características individuais, feita de um conteúdo originário de uma consciência universal.

Biografia do Autor

Rodrigo Antunes Morais, Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

Doutorando em Tecnologias da Inteligência e Design Digital pela PUCSP

Mestre em Comunicação na Contemporaneidade pela Faculdade Cásper Líbero

Professor na Faculdade Cásper Líbero e no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

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Publicado

13-12-2023

Como Citar

Morais, R. A. (2023). IMAGINAÇÃO CRIATIVA: UM ESTUDO SEMIÓTICO SOBRE O ATO CRIATIVO DE ESQUIZOFRÊNICOS. Revista Belas Artes, 17(1). Recuperado de https://revistas.belasartes.br/revistabelasartes/article/view/315