IMPORTÂNCIA DO MAPEAMENTO ACÚSTICO URBANO NA ADOÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O CONTROLE E REDUÇÃO DE RUÍDO URBANO
Palavras-chave:
acústica, ruído urbano, poluição sonora, qualidade do ambiente urbano, saúde públicaResumo
O ruído branco - ruído produzido pela combinação de sons de todas as frequências - ou ruído de fundo nas grandes cidades vem despertando cada vez mais a atenção de especialistas por seu potencial nocivo sobre as populações residentes. Este ruído deve ser tratado como participante na somatória das poluições a que se expõe a população das grandes cidades e esta somatória expõem a população a enorme pressão em sua saúde. Vivencia-se epidemia de vários tipos, de origens diversas e a medicina procura respostas. Especialistas apontam para a periculosidade da soma de agentes que minam a saúde da população. A poluição atmosférica, das águas, do solo, de radiações não ionizantes, acústica e visual da cidade se somam ao estresse causado por uma cidade sem planejamento, com problemas de acesso à moradia de qualidade e carente de infra- estrutura que atenda adequadamente a população. O resultado é uma população adoecida e que sofre as conseqüências. Importante frisar que é direito de todo cidadão brasileiro usufruir de ambiente saudável para viver, segundo o artigo no 225 da Constituição Federal Brasileira. Vive-se hoje uma precarização deste direito à medida em que as cidades não oferecem condições de salubridade mínimas. Soma-se ao fato que, segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na média, havia no ano 2000 cerca de 81,2% da população brasileira vivendo em cidades, dado que vem se incrementando nos últimos anos. O mapeamento acústico urbano surge neste contexto, como instrumento para formulação de políticas públicas que possam ajudar na mitigação da poluição sonora presente nas cidades. Estes mapas materializam a situação de exposição a ruído que a população sofre, mostrando a dimensão do problema e sua localização, mostrando onde se deve agir.
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