INTEGRAÇÃO ECONÔMICA SUL-AMERICANA: TRAJETÓRIA E DESAFIOS
Palavras-chave:
Integração econômica, Integração sul-americana, Unasul, MercosulResumo
O objetivo deste artigo é examinar o processo de integração contemporânea da América do Sul, destacando-se a trajetória recente e seus desafios. A questão da integração sul- americana, depois do fracasso de várias ondas integracionistas ocorridas no passado, ressurge com força na atualidade. A emergência em vários países da América do Sul de governos comprometidos com a proposta de integração regional vem favorecendo fortemente o avanço desse processo na região. A integração sul-americana foi igualmente favorecida pelo rápido avanço, nesse período, do processo de regionalização da economia mundial. Foi beneficiada também pelo fracasso da estratégia de integração patrocinada pelo governo dos Estados Unidos, com base no projeto da ALCA. Mas, ao mesmo tempo em que apareceram condições favoráveis ao avanço da integração da região, revelaram-se os limites do modelo de integração que vinha sendo implementado por meio tanto do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) quanto da Comunidade Andina de Nações (CAN). Esses dois projetos, ao se desenvolverem na década de 1990, o fizeram sob a égide das políticas neoliberais que, além de implementarem a abertura comercial dos países da região para produtos e capitais forâneos, enfatizaram nas relações intra-regionais o modelo de integração com base no livre comércio. A percepção dos limites do modelo “comercialista” de integração resultou em duas mudanças importantes: 1) a decisão dos novos governos da região de ampliar o processo de integração; 2) a decisão de enfatizar nesse novo processo integracionista a integração produtiva, com base, em grande medida, na integração energética.
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