ARQUITETURA E ARTE DECORATIVA DO AZULEJO NO BRASIL
Palavras-chave:
Azulejo, Azulejaria, Arte Decorativa, Azulejo no BrasilResumo
A utilização de azulejo na arquitetura brasileira iniciou-se como revestimento de barras decorativas e posteriormente em fachadas inteiras. Este processo foi uma herança trazida de Portugal no início da colonização no Brasil, a utilização deste tipo de revestimento demonstra a influência lusitana nos nossos costumes e na nossa arquitetura. Inicialmente a utilização deste material não passava de um simples produto de importação, dependente dos tipos e padrões fornecidos pelas olarias portuguesas. Este material tornou-se indispensável na decoração da nossa arquitetura por garantir uma proteção eficaz contra as intempéries de um país tropical, como a abundância de chuva e a ação do sol. A retomada do azulejo de fachada coincide com a renovação da arquitetura brasileira, que se inicia nos anos 30, após o declínio do neocolonial, e se prolonga até a inauguração de Brasília. O azulejo assume posição de destaque e renovação e de expressão plástica. Na arquitetura contemporânea brasileira redescobriu-se o valor estético das superfícies revestidas com azulejos e suas aplicações tornaram-se frequentes a partir dos painéis criados por Portinari para o Ministério da Educação e Cultura no Rio de Janeiro e para a igreja da Pampulha, em Belo Horizonte, projetados por Oscar Niemeyer uma redescoberta e retorno as suas raízes. O uso deste material no decorrer da história, que resistiu ao tempo se inova a cada dia procurando novas possibilidades na sua utilização funcional e também como forma de expressão plástica.
Referências
ALCÂNTRA, Dora. (org.). Azulejos na cultura luso-brasileira. Rio de Janeiro: Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional, IPHAN, 1997.
AMARAL. Liliane Simi. Retratos de Chão – A arte ornamental do revestimento de piso de ladrilhos hidráulicos dos edifícios da Universidade de Taubaté. Dissertação de Mestrado. Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2000.
LEMOS, Carlos A. C.. Alvenaria Burguesa: Breve história da arquitetura residencial de tijolos em São Paulo a partir do ciclo econômico liderado pelo café. Nobel: São Paulo, 1989.
LOURENÇO, Maria Cecília França. et al. Comissão de patrimônio bens imóveis tombados ou em processo de tombamento da USP. São Paulo: EDUSP, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1999.
LOURENÇO, Cecília França, TARASANTCHI, Ruth Sprung. Osiarte. Catálogo exposição Pinacoteca do Estado de São Paulo, 1985.
MORAIS, Frederico. Azulejaria Contemporânea no Brasil. São Paulo: Editoração Publicações e Comunicação, 1988.
PINHEIRO, Silvanísio. Azulejos do Convento de São Francisco na Bahia. Salvador: Livraria Turista, 1951.
SILVA, Edna Lúcia da, MENEZES, Estela Muszkat. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. 3a ed.. Florianopolis: UFSC, 2001.
SIMON, Lara Mara, LAVILLE, Christian, DIONNE, Jean (rev.). A Construção do Saber – manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Belo Horizonte: UFMG – ARTEMD, 1999.
SIMOES, J. M. dos Santos. Azulejaria Portuguesa no Brasil (1500-1822). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1965.
AZULEJARIA em Portugal no século XVIII. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1979.
VERISSIMO, Francisco Salvador, BITTAR, Willian Seba. 500 Anos da Casa no Brasil: as transformações da arquitetura e da utilização do espaço em moradia. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Liliane Simi Amaral
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os trabalhos publicados na Revista Belas Artes têm como modelo da licença de no padrão Creative Commons, com obrigação da atribuição do(s) autor(es), proibição de derivação de qualquer material publicado e comercialização. Ao concordar com os termos, o(s) autor(es) cedem os direitos autorais à Revista Alterjor, não podendo ter licenciamento alterado ou revertido de maneira diferente do Creative Commons (by-nc-nd). Informações adicionais em: creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0