SOFT POWER AMERICANO: O ENTRETENIMENTO COMO FERRAMENTA DE PODER
Palavras-chave:
Soft power, entretenimento, indústria cinematográfica, Estados UnidosResumo
O soft power é um importante propulsor econômico e social no âmbito nacional e internacional. Por meio da indústria do entretenimento esse poder se alastra desempenhando uma influência no plano político e ideológico mundial. Nesse contexto, este artigo teve por objetivo analisar se por meio da ótica estadunidense a cultura, como instrumento do soft power, deve ser entendida como um dos atores principais nas Relações Internacionais, auxilia o Estado norte-americano a se manter como uma potência global, ao disseminar suas ideias e valores. Assim, esse trabalho busca ilustrar como o poder brando é visto nas Relações Internacionais, demonstrar qual o impacto dessa ferramenta para os estadunidenses e apreciar como o soft power, por meio do cinema e streamings, se faz presente na política externa dos Estados Unidos. A partir dos documentos analisados foi possível constatar que os Estados Unidos utilizam esse tipo de poder para manter sua influência global. Contudo, com a ascensão de novos países como possíveis novos focos globais, não é possível afirmar que no futuro a nação norte-americana venha a deter da mesma habilidade de chegar ao objetivo desejado por meio do soft power.
Referências
BALLERINI, Franthiesco. Poder suave. São Paulo: Summus, 2017. BAUMAN, Zygmunt. Ensaios sobre o Conceito de Cultura. 2012.
CANBERRA, Kadira P., Why Cultural Values Cannot Be Ignored In International Relations. East Asia Forum Economics, 2014. Disponível em: https://www.eastasiaforum.org/2014/09/20/why-cultural-values-cannot-be-ignored-in- international-relations/. Acesso em: 28 mar. 2023.
CASTRO, Thales. Teoria das Relações Internacionais. Brasília: FUNAG, 2012. DUNNE, Tim. et al. International Relations Theories Discipline and Diversity.
Oxford: Oxford University Press, 3 edição, 2013.
DURHAM, Eunice R. A Dinâmica Da Cultura: ensaios de antropologia.Organização: Omar Ribeiro Thomaz, Prefácio de Peter Fry. São Paulo: Cosac Naify, 2004.
EAGLETON, Terry. A Ideia De Cultura. Lisboa, Actividades Editoriais 2003.
FRÓIS, Katja Plotz. Globalização e a cultura identidade no mundo de iguais. Caderno de pesquisa interdisciplinares em ciências humanas, v. 5 n. 62. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, 2004, pp. 1-9. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/view/1201/4444. Acesso em 5 abr. 2023.
GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008. GÓES, Guilherme S.; RATTMANN, Carlos A. A Geopolítica Pós-Pandemia Mundial.
GLOBAL Digital Subscription Snapshot. Q2 Report 2022. Org. FIPP; Piano, 2022. Disponível em: https://www.fipp.com/wp-content/uploads/2022/06/GDS-Snapshot- Q2-2022.pdf. Acesso em: 14 abr. 2023, p. 24.
HARRISON, Lawrence E.; HUNTINGTON, Samuel P. Culture Matters: How Values Shape Human Progress. New York: Basic, 2000.
KARNAL, Leandro; et al. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI /– São Paulo: Contexto, 2007.
KHODAVERDI, Hassan; SHAHMOHAMMADI, Yosef. The Role of Culture in International Relations Theories. International Journal of Political Science. v.7, n. 3, 2017, pp. 49-60. Disponível em: https://journals.iau.ir/article_539712_1a7ddebef566792b07e110c577633948.pdf. Acesso em: 8 abr. 2023.
MAHNKEN, T. G. United States Strategic Culture, 2006, pp. 1-25. Disponível em https://apps.dtic.mil/sti/pdfs/ADA521171.pdf. Acesso em: 11 abr. 2023.
MARQUES, Mariana R. Cinema em Hollywood: a história completa. 25 abr. 2019. WordPress: marianarmarques. Disponível em: https://marianarmarques.wordpress.com/2019/04/25/cinema-em-Hollywood-a- historia-completa/. Acesso em: 10 abr. 2023.
MCCLORRY, J. The soft power 30: A global ranking of soft power 2019, 2019. Disponível em: https://softpower30.com/wp-content/uploads/2019/10/The-Soft- Power-30-Report-2019-1.pdf. Acesso em: 07 abr. 2023.
MESQUITA, Luciano Pires. A “Guerra Do Pós-Guerra”: o cinema norte-americano e a guerra do Vietnã. Universidade Federal Fluminense. Niterói. 2004. Disponível em: https://app.uff.br/riuff/bitstream/handle/1/25013/A%20%E2%80%9CGUERRA%20DO %20P%C3%93S-GUERRA%E2%80%9D_%20O%20CINEMA%20NORTE- AMERICANO%20E%20A%20GUERRA%20DO%20VIETN%C3%83.pdf?sequence= 1&isAllowed=y. Acesso em: 8 abr. 2023.
NYE, Joseph S. Bound to Lead: the changing nature of American power. New York: Basic Books, 1990.
NYE, Joseph S. Public Diplomacy and Soft power. The Annals of the American Academy of Political and Social Science, v 616, 2008, p. 94-109. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/25097996. Acesso em: 9 abr. 2023.
NYE, Joseph S. The Future of Power. New York: PublicAffairs, 2011.
RUDZIT, G. O debate teórico em segurança internacional: mudanças frente ao terrorismo? Civitas: revista de Ciências Sociais, [S. l.], v. 5, n. 2, p. 297–323, 2006. DOI: 10.15448/1984-7289.2005.2.5. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas/article/view/5. Acesso em: 9 abr. 2023.
SCHMITT, Carl. O Conceito do Político. Petrópolis: Vozes, 1992, pp. 27-39.
SILVA, Bruna M.; SILVA, Arlete M. da. O 11 de setembro no cinema Hollywoodiano: uma análise geopolítica do filme ‘voo 93. SEPE III: Ética, política e educação no Brasil Contemporâneo, v. 3, 2017, p. 1-15. Disponível em: https://www.anais.ueg.br/index.php/sepe/article/view/8943. Acesso em: 8 abr. 2023.
SOUSA, Daniel; BAGHDADI, Tanguy. [Aula Gratuita] NBA e Netflix: cultura americana e poder global. Youtube: @ClippingCACD, 22 set. 2020. 1 vídeo
(1:49:49). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dzjgcZzqQ4o&t=5606s&ab_channel=ClippingCA CD. Acesso em: 10 abr. 2023.
VIOTTI, Paul R.; KAUPPI, Mark V. International Relations Theory. Pearson Longman, 5 edição, 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Mariana Monteiro Cadengue

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os trabalhos publicados na Revista Arte 21 têm como modelo da licença de no padrão Creative Commons, com obrigação da atribuição do(s) autor(es), proibição de derivação de qualquer material publicado e comercialização. Ao concordar com os termos, o(s) autor(es) cedem os direitos autorais à Revista Alterjor, não podendo ter licenciamento alterado ou revertido de maneira diferente do Creative Commons (by-nc-nd). Informações adicionais em: creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0