PREENCHENDO A LACUNA: A necessidade do entendimento do efeito dos espaços “semi-outdoor” na percepção do bem-estar pelos usuários de edifícios corporativos. Uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.62507/a21.v20i01.451Palavras-chave:
Saúde, Bem-Estar, Espaços “semi-outdoor”, Edifícios corporativos, Revisão sistemáticaResumo
Face ao contexto dinâmico da sociedade e, consequentemente, o crescimento e o desenvolvimento urbano, que resultam em problemas de ordem social, econômica e ambiental, questões de saúde e bem-estar ganham cada vez mais destaque na ciência e na pesquisa. Enquanto a arquitetura desempenha um papel fundamental na saúde e bem-estar do indivíduo, a satisfação com o ambiente, de acordo com as preferências e comportamentos dos ocupantes, representa um desafio. Assim, a preocupação com o projeto de ambientes deve ir além da otimização dos parâmetros físicos, buscando uma abordagem mais abrangente da arquitetura, envolvendo questões intrínsecas ao indivíduo, com a finalidade de aumentar a percepção do bem-estar pelos usuários. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi explorar a temática saúde e bem-estar na percepção dos usuários de edifícios corporativos, relacionada aos efeitos dos ambientes “semi-outdoor”, dada a relevância do tempo de permanência dos indivíduos nesse ambiente. Buscou-se compreender o estado atual do conhecimento relacionado com a temática, as metodologias aplicadas e os resultados alcançados, por meio de uma sistematização de produções científicas que abordassem as temáticas: (i) “health and well-being in the built environment”; (ii) “health and well-being in semi-outdoor environments”; e (iii) “semi- outdoor environments in workplaces”. Para isso, utilizaram-se as seguintes bases de produções científicas: Web of Science, Scopus e Science Direct. Essa revisão sistemática de produções científicas revelou aspectos importantes, como a dificuldade de atribuir uma percepção uniforme relacionada ao bem-estar, a interdisciplinaridade do assunto, a necessidade de preencher a lacuna com pesquisas abrangendo os efeitos dos ambientes “semi-outdoor” na percepção dos usuários de edifícios corporativos e extrapoláveis para diversos tipos de ambiente e situações, e a necessidade de se criar uma forma de mensurar a qualidade dos aspectos ambientais, sociais e físicos do ambiente construído, que podem influenciar a cognição humana, com estudos científicos mais assertivos.
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