A ROMANTIZAÇÃO DA MATERNIDADE NAS REDES SOCIAIS: Impacto Psicológicos, Opressão de Gênero e Idealização

Autores

  • Carolina de Figueiredo Bonesso Centro Universitário Belas Artes de São Paulo
  • Marcia Auriani Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.62507/a21.v18i1.431

Palavras-chave:

Maternidade, Redes Sociais, Comportamento, Opressão de Gênero, Feminismo

Resumo

A propagação da maternidade romanceada nas mídias reproduz uma idealização da sociedade desse momento na vida da mulher. As cobranças e culpa atreladas a esta idealização podem gerar opressão, angústias e dores, causando sérias consequências em suas vidas. Este estudo, de caráter exploratório, pretende, por meio de revisão bibliográfica, compreender a influência dos conteúdos compartilhados e o comportamento dos usuários nas redes sociais como canal que alimenta a romantização da maternidade. As pressões culturais e sociais às quais as mulheres são submetidas existem há séculos e continuam sendo reverberadas e reproduzidas nas redes sociais, que podem ser um lugar de acolhimento, mas também um local de comparação, opressão e julgamento. A ideia de trazer esse tema para um artigo de conclusão de curso em pós-graduação é alimentar o diálogo sobre o feminismo e sua transversalidade, na tentativa de contribuir com a reflexão sobre o tema. A maternidade como instinto da mulher é um mito criado por diversos discursos que se repetem há séculos. As mulheres continuam buscando uma forma de ser mãe que as liberte das imposições culturais e sociais, e as fortaleça como mulher autônoma, livre e ativa no mundo. As redes sociais ainda que sejam um lugar de julgamento e que difundam a maternidade romântica imaginada são plataformas com um alcance enorme que nos permitem discutir injustiças e dar voz às desigualdades. É através do conhecimento da luta feminista contemporânea que as mulheres se conscientizam das injustiças vividas por elas, ainda que muitas não enxerguem como são invisibilizadas.

Biografia do Autor

Carolina de Figueiredo Bonesso, Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

Pós-Graduada no Curso de Comunicação e Marketing Digital do Centro Universitário Belas Artes.

Graduação: Rádio e Televisão, na Universidade Municipal de São Caetano do Sul.

Marcia Auriani, Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

Coordenadora e Professora da Pós-Graduação do Centro Universitário Belas Artes. Mestra em Engenharia de Produção com foco em Gestão do Design e Branding pela Universidade Paulista, Pós- Graduada em Administração de Marketing e Graduada em Administração de Empresas pela Fundação Álvares Penteado.

Referências

AGUIAR, Adriana. Instagram: Saiba tudo sobre esta rede social! Disponível em:

<https://rockcontent.com/br/blog/instagram>. Acesso em 22 jun. 2022.

ANDRADE, Celana Cardoso. Maternidade e trabalho na perspectiva de mulheres e seus companheiros: um estudo empírico fenomenológico. Disponível em: https://www.academia.edu/es/59946348/Maternidade_e_trabalho_na_perspectiva_de_mulheres_e_seus_companheiros_um_estudo_emp%C3%ADrico_fenomenol%C3%B3gico. Acesso em: 20 jun. 2022.

AZEVEDO, K.; ARRAIS, A. O Mito da Mãe Exclusiva e seu Impacto na Depressão Pós-Parto. 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/prc/a/GS9STNVGFxTFh3qTFZJYv4Q/. Acesso em: 20 jun. 2022.

BEAUVOIR, S. O Segundo Sexo: 1. Fatos e Mitos, 1970. Disponível em: https://materialfeminista.milharal.org/files/2012/08/O-Segundo-Sexo-vol1-Fatos-e-Mitos- Simone-de-Beauvoir1.pdf. Acesso em: 21 jun. 2022.

BIROLI, Flávia. Gênero e desigualdades: limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo Editorial, 2018.

BRASILESCOLA.UOL.COM.BR. Internet no Brasil Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/informatica/internet-no-brasil.htm>. Acesso em: 20 jun. 2022.

CANALTECH.COM.BR. TikTok "抖音 (literalmente: "som de vibração”). Disponível em: <https://canaltech.com.br/empresa/tiktok/>. Acesso em 22 jun. 2022.

CANALTECH.COM.BR. Twitter What's happening?. Disponível em: <https://canaltech.com.br/empresa/twitter/>. Acesso em 22 jun. 2022.

COCOZZA, Holly. The Trauma of Childbirth - Holly Cocozza on how this "magical experience" doesn't always go as planned, and how we can be better for it. Disponível em: <https://babe.hatchcollection.com/the-trauma-of-childbirth/>. Acesso em: 18 jun. 2022.

DANTAS, Gabriela Cabral da Silva. Tecnoestresse. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/informatica/tecnoestresse.htm>. Acesso em: 23 jun. 2022.

DANTAS, Tiago. Youtube. Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/informatica/youtube.htm. Acesso em: 22 jun. 2022.

DATAREPORT.COM.BR. DIGITAL 2022: BRAZIL REPORT: Disponível em: <https://datareportal.com/reports/digital-2022-brazil>. Acesso em: 20 jun. 2022.

GABRIEL, Martha. Marketing na era digital: Conceitos, plataformas e estratégias, 2a ed. São Paulo: Atlas, 2010.

IGNACIO, Júlia. O que é interseccionalidade?. Disponível em: <https://www.politize.com.br/interseccionalidade-o-que-e/>. Acesso em: 18 jun. 2022.

KLEINROCK, Leonard. Internet Hall of Fame Pioneer. Disponível em: https://www.internethalloffame.org/inductees/leonard-kleinrock>. Acesso em: 18 jun. 2022.

MLABS.COM.BR. Tudo sobre Facebook: o guia completo da rede social mais popular do mundo. Disponível em: https://www.mlabs.com.br/blog/facebook. Acesso em 22 jun. 2022.

OLIVEIRA-CRUZ, Milena, FREITAS, M, e SEVERO, I. 2021. “MÃE É MÃE, NÉ PAI?”: Maternidade, trabalho e desigualdade em debate no facebook. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/354187224_Mae_e_mae_ne_pai_maternidade _trabalho_e_desigualdade_em_debate_no_Facebook>. Acesso em: 18 jun. 2022.

OLIVEIRA-CRUZ, Milena. MENDONÇA, Maria Collier. Maternidade nas Mídias. Santa Maria/RS: FACOS-UFSM, 2021.

OLIVEIRA-CRUZ, Milena; FREITAS, Maria Collier; SEVERO, Isadora. 2021. “Mãe é mãe, né pai?”: maternidade, trabalho e desigualdade em debate no facebook. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/354187224>. Acesso em 18 jun. 2022.

PORTER, Marie.; SHORT, Patricia.; O’REILLY, Andrea. Motherhood: power and oppression. Women’s Porto Alegre: Press Editora, 2005.

RECUERO, Raquel. Redes Sociais na Internet. Sorocaba, São Paulo: Meridional, 2009.

RIBEIRO, Maria Augusta. Tecnoestresse: é hora de fazer logoff. Disponível em:

<https://belicosa.com.br/tecnoestresse-e-hora-de-fazer-logoff/>. Acesso em: 20 jun. 2022.

TIBURI, Marcia. Feminismo em comum: para todas, todes e todos. 1a. ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018.

UFSM.BR. Maternidade nas mídias: entre a crítica, a romantização e a pressão social. Revista Arco. Disponível em: <https://www.ufsm.br/midias/arco/maternidade-nas-midias-entre-a- critica-a-romantizacao-e-a-pressao-social/> Acesso em: 18 jun. 2022.

WOBETO, Samara. Maternidade nas mídias: entre a crítica, a romantização e a pressão social. Disponível em: https://ufsm.br/r-601-9226. Acesso em: 18 jun. 2022.

WYLDE, Kaitlyn. This New Audio App Is Clubhouse Meets Bumble BFF (2021). Disponível em: <https://www.bustle.com/life/how-to-use-quilt-app>. Acesso em: 20 jun. 2022.

Downloads

Publicado

30-05-2024

Como Citar

Bonesso, C. de F., & Auriani, M. (2024). A ROMANTIZAÇÃO DA MATERNIDADE NAS REDES SOCIAIS: Impacto Psicológicos, Opressão de Gênero e Idealização. Arte 21, 18(1), 60–80. https://doi.org/10.62507/a21.v18i1.431