RECONSTRUÇÃO DO BELO NO DIGITAL: As Nuances e Impactos do Reflexo Idealizado

Autores

  • Ana Rita Ferreira da Luz Universidade São Judas Tadeu
  • Adriano C. Brainer Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.62507/a21.v18i1.429

Palavras-chave:

Midiatização, Autoestima, Psicologia Comportamental

Resumo

Da Grécia Antiga aos dias de hoje, a beleza é um tema recorrente e em constante mutação. Os meios de comunicação social polarizam as atribuições que demonstram o que deve ser considerado como relevante em relação a padrões de beleza. Ao olhar a tela, o indivíduo se depara com imposições e ilusões em torno da perfeição: a valorização do corpo esteticamente moldado pelo coletivo e a perda de valor singular. Ao não se enxergar no outro, força-se a concepção de tornar-se igual, a todo custo, nem que seja através de recursos digitais, que modificam a imagem para alcançar um padrão de beleza inatingível estabelecido nas redes sociais. A partir de tal cenário, este artigo objetiva analisar o quanto a midiatização pode impactar a autoimagem e a busca pela beleza entre jovens de 13 a 25 anos, buscando relacionar o crescimento de cirurgias e procedimentos estéticos feitos pela geração Z no Brasil, utilizando o Instagram como ferramenta de pesquisa. Embasada por estudos no campo da psicologia comportamental que sinalizam sintomas de insatisfação e distúrbios da autoimagem e o papel desempenhado pela influência cultural e digital em tais sintomas, e tomando por base os estímulos digitais, esta pesquisa busca comprovar que a mídia tem grande influência na mudança da forma como as pessoas se identificam com o próprio corpo e como o Instagram se tornou a principal fonte de influência de mídia para estes jovens. A pesquisa busca mapear como essa geração tem se comportado nas redes, que recursos de manipulação de imagem utiliza, como lida com as críticas e como a frequência de acesso contribui para o desenvolvimento de comportamentos não saudáveis, tanto no aspecto psicológico quanto no físico. O transtorno dismórfico corporal é, em síntese, o resultado da busca incessante pela autoestima e da consequente obsessão em se reconhecer de uma forma adequada, bela e que engaje as redes sociais. O intuito desta pesquisa, portanto, é alertar como as mídias sociais possuem impacto na saúde psicológica dos jovens e adolescentes da geração Z.

Biografia do Autor

Ana Rita Ferreira da Luz, Universidade São Judas Tadeu

Pós-Graduada em Comunicação e Marketing Digital do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

Graduada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu em 2016

Adriano C. Brainer, Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

Jornalista, professor de pós-graduação, especializado pela ESPM em Master Business Communication, pós- graduado em Design Digital e Novas Mídias pelo Centro Universitário Belas Artes de SP, graduado em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela Universidade Paulista e mestrando em Comunicação Social pela UMESP

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Publicado

30-05-2024

Como Citar

Luz, A. R. F. da, & Brainer, A. C. (2024). RECONSTRUÇÃO DO BELO NO DIGITAL: As Nuances e Impactos do Reflexo Idealizado. Arte 21, 18(1), 6–27. https://doi.org/10.62507/a21.v18i1.429