PERCEPÇÕES E FOTOGRAFIA: CONFLUÊNCIAS TÁTEIS, IMAGÉTICAS E VERBAIS

Autores

  • Cristianne Patrícia Mello Amorim Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.62507/a21.v13i2.142

Palavras-chave:

Arte, Educação, Fotografia, Percepção tátil, Inclusão

Resumo

A percepção tátil, comumente, encontra-se distante do cenário imagético, uma vez que palavras e texturas são empregues como matéria-prima para a atividade fotográfica. Entretanto, como o ensino da fotografia pode contribuir na restruturação deste cenário? O presente texto expõe o percurso criativo e metodológico do projeto Percepções, no qual a confluência entre o verbal e as percepções tátil e visual constituem um campo multissensorial em defesa da produção artística. Sua realização também argumenta perspectivas inclusivas a partir da gênese e não adequação do material final. Deste modo, o artigo recomenda um debate sobre as contribuições do sentir para o processo de ensino da fotografia, nas contribuições de Barbosa (2012), Ponty (1994), Ostrower (2013, 2014), Crary (2012) entre outros.

Biografia do Autor

Cristianne Patrícia Mello Amorim, Universidade Federal de Campina Grande

Professora titular da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) na Unidade Acadêmica de Arte e Mídia.

Mestre em Comunicação pela UFPE.

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Publicado

02-12-2019

Como Citar

Amorim, C. P. M. (2019). PERCEPÇÕES E FOTOGRAFIA: CONFLUÊNCIAS TÁTEIS, IMAGÉTICAS E VERBAIS. Arte 21, 13(2), 6–22. https://doi.org/10.62507/a21.v13i2.142